Juiz argentino pede informações sobre Macri a Panamá e Bahamas

Imagem:AFP / JUAN MABROMATA
Um juiz argentino enviou despachos ao Panamá e às Bahamas para determinar se o presidente Mauricio Macri teve ações em duas empresas com sedes nesses paraísos fiscais, cuja existência foi conhecida a partir dos "Panama Papers".

Casanello pediu que seja informado "se Mauricio Macri está ou esteve como acionista" das empresas Fleg Trading LTD e da Kagemusha SA, respectivamente, e se essas sociedades registram "contas bancárias em seu nome ou em nome de algum de seus integrantes", informou uma fonte judicial.

Macri, líder da aliança de centro-direita Cambiemos, aparece como diretor na Fleg Trading, segundo revelaram os "Panama Papers", e como vice-presidente da Kagemusha, de acordo com um registro oficial no Panamá.

O Presidente declarou que não há "nada a esconder" e que as sociedades em seu nome e no nome de sua família, que é dona de um império de negócios, não estão em operação.

O magistrado pediu que o despacho tramite "o mais rápido possível" e explicou que é investigado se Macri cometeu o delito de "omissão maliciosa" de dados em sua declaração bens. A pena para esse tipo de crime chega a dois anos de prisão.

Casanello detalhou no documento que o objetivo é "indagar sobre a relação entre as sociedades apontadas e o imputado, conhecer sobre a composição das firmas detalhadas, seu giro comercial e financeiro e, com base nisso, estabelecer sua possível vinculação com a manobra investigada".

A investigação é fruto de milhões de documentos vazados do escritório de advocacia panamenho Mossack Fonseca, envolvendo políticos e personalidades do mundo todo.

Familiares de Fernando de Andreis, um funcionário-chave do chefe de Estado argentino, e Néstor Grindetti, ex-secretário da Fazenda quando Macri foi prefeito de Buenos Aires também apareceram nos documentos com empresas "offshore" em paraísos fiscais.


AFP

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